Ensaio Gestante no Boliche

sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Olá, mulherada!
Tudo bem?

Ando bem sumida daqui do blog, mas quem é meu amigo no Facebook, ou curte a minha outra Fanpage, está atualizado do que ando fazendo (além de cuidar dos filhotes, é claro!).

Estou me dedicando melhor à minha carreira de fotógrafa.
Uma das idéias que tinha há tempos, era fotografar uma gestante no boliche.
Na verdade, a idéia é fugir do convencional, que são as fotos em estúdio, ou em parques, para fotografar a gestante, juntamente com a família, se divertindo, fazendo algo que gostem de fazer.

Como queria muito mostrar essa idéia, na prática, ofereci um ensaio para uma gestante.
Conheci a Hellen, e realizamos um ensaio super diferente! Vejam o resultado:








 O que acharam?

Vejam mais do meu trabalho: http://linesena.com.br/

Ah! Logo volto para contar as novas dos meninos! ;)

Bjocas!



Ofurô: Banho de balde para bebê

segunda-feira, 26 de maio de 2014
Sabemos que a gestação é dividida em três trimestres, mas chamamos de quarto trimestre da gestação, os três primeiros meses do bebê. Principalmente nesse período, quando compreendemos e reproduzimos as condições do ambiente uterino, conseguimos proporcionar relaxamento profundo ao bebê, inclusive no meio de uma crise de choro.

Kauai


O banho de balde, que surgiu na Holanda no final dos anos 90, é uma forma de recriar o ambiente intrauterino, pois o formato do balde e a temperatura da água (entre 36º e 38º), e a posição que o bebê fica dentro do balde, submerso até os ombros, causará imediatamente as sensações que vivia no útero materno.

A prática chegou como uma novidade, inicialmente usada apenas para relaxamento e não substituía a banheira tradicional. Aos poucos, o banho e balde foi conquistando as mães modernas, e agora tem sido usado diariamente, desde o primeiro dia de vida até os seis primeiros meses do bebê (ou enquanto ele couber no balde), substituindo definitivamente o uso da banheira tradicional, tanto para a higiene, analgesia como para promover o relaxamento do bebê.

Para o banho higiênico, que pode ser bem rápido, nas primeiras semanas é preciso que uma pessoa segure o bebê enquanto outra passa o sabonete. Depois de um tempo, com cerca de três meses, o bebê ficará mais firme, conseguira sustentar a sua cabeça, e apenas uma pessoa conseguirá dar conta de dar o banho no bebê.

Se o objetivo do banho também for o relaxamento e analgesia, deverá ser mais demorado, e a água quente promoverá a melhora do estado de agitação, insônia e cólicas. O banho de balde é tão relaxante que é comum que os bebês até durmam durante o banho. Por isso, é indicado para o horário da noite, fazendo parte da rotina da hora do sono.


Confira algumas dicas necessárias para que seu bebê tenha um ótimo banho:

- Não dê o banho se o bebê estiver com fome.
- Faça a higiene normalmente, como costuma fazer na troca de fraldas.
- Se for um banho para relaxamento pode inclusive ser colocado embrulhado numa toalha fralda ou cueiro.
- Coloque cuidadosamente o bebê até que esteja praticamente sentado e acomode suas perninhas no fundo do balde.
- A água deve ficar na altura dos ombros, e estar na temperatura entre 36 e 38 graus.
- Se o banho for mais demorado, peça a alguém adicionar mais água quente para manter a temperatura da água.
- Use suas mãos para sustentar a cabeça do bebê, com as pontas dos dedos apoiando abaixo do queixo, evitando que o bebê coloque a boca na água.
- Nunca deixe-o sozinho, mesmo depois que já estiver sustentando a própria cabeça.

O banho pode ser ainda mais aproveitado se for adicionado chá de ervas na água. Por exemplo, a camomila é calmante e digestiva, a calêndula é boa para problemas de pele, o manjericão ajuda a relaxar e alivia as cólicas, a hortelã é refrescante e ajuda a descongestionar as vias aéreas, e a sálvia melhora gripes, resfriados e vias aéreas congestionadas.


Esse meu texto foi publicado originalmente no blog Diário de Mãe, da Emma Fiorezi, no dia 14/05/2014



Fotografia de bebê: Primeiro mês do Kauai

sábado, 24 de maio de 2014
Olá!
Ando meio sumida do blog, mas vocês devem imaginar o porquê. 
Ter um recém-nascido em casa é uma delícia, mas não é nada fácil, principalmente pela falta de sono... Ou melhor dizendo: pelo excesso de sono e escassez de tempo dormido.
Então, a dinâmica tem sido mais ou menos assim: quando o Kauai dorme, ou vou dormir abraçadinha com ele para dar uma compensada na noite mal dormida, ou vou para o computador, mas tenho que digitar e tento editar algumas fotos com apenas uma das mãos livres, e nas raríssimas vezes que o Kauai dorme fora do meu colo, aproveito para fazer alguma coisa que ajude a colocar a casa em ordem.
De qualquer forma, quero dizer para as mães de filhos únicos, que pensam em ter ou não o segundinho, que está sendo bem mais "leve". Já saber o que esperar, como lidar com a situação, proporciona uma adaptação muito mais rápida e tranquila. Saber que essa fase tem prazo de validade também é muito consolador.

O Davi continua com ciúme, mas também ama o irmãozinho e tem ciúme dele também. É engraçado.

Abaixo algumas fotos que fiz nesse primeiro mês. 
Espero que gostem, e se tiverem a oportunidade de indicar meu serviço de fotógrafa para ensaios de família, gestante e bebês, também vou gostar muito. :)



Beijocas!

Todas as fotinhas AQUI.

Relato de Parto Domiciliar: Nascimento do Kauai

sábado, 17 de maio de 2014
Com 40 semanas e 3 dias de gestação, no dia 22 de abril, acordei durante a noite com uma contração. Como senti muitas contrações durante praticamente toda a gestação, nem me importei. Levantei-me, fui ao banheiro, voltei para a cama e adormeci. Acordei pouco tempo depois sentindo outra contração. Então percebi que aquela contração era diferente, mais dolorida e capaz de me despertar. Me sentei na cama e peguei o iPad, onde já tinha instalado um aplicativo que marca a duração e frequência de cada contração.
Eram 4h20, e as contrações continuaram, duravam cerca de um minuto e meio, e vinham praticamente a cada oito minutos. Pouco tempo depois comecei a ir ao banheiro. Não tive diarreia, mas fui ao banheiro diversas vezes. Já a minha mãe que veio do Paraná para me ajudar, teve diarreia assim que soube que eu estava em trabalho de parto.
Eu planejava fazer muitas coisas durante o trabalho de parto, precisava forrar o colchão com plástico, tomar banho, me depilar, lavar a cabeça, secar, fazer as unhas (já tinha deixado as unhas postiças preparadas, cortadas, lixadas e com uma demão de esmalte), e queria pelo menos passar um corretivo nas olheiras e uma máscara de cílios pra não ficar com cara de acabada nas fotos. Também queria fazer bolo,  eu mesma achava que estaria boa pra ajudar meu marido a mudar os móveis da sala de lugar e ajudar a encher a piscina inflável. Já teria colocado a playlist para tocar, então faria a decoração de uma mesinha com flores, velas e aromatizantes, ao lado da piscina. Ah! Ao fazer tudo isso, eu esperava registrar cada detalhe com fotos e publicar no instagram com a hastag #partoonline.
Parece muita pretensão, mas com certeza conseguiria fazer tudo isso se o parto fosse pelo menos parecido com o meu primeiro parto, que durou 28 horas da primeira contração até o nascimento, e depois de passar a noite com contrações regulares a cada dez minutos, passei o dia inteiro com contrações fracas a cada trinta ou quarenta minutos, o que me possibilitou ter um dia normal, fazer muita coisa, inclusive fui para a cozinha fazer pão e bolo. Só não consegui descansar por causa da ansiedade e o descanso fez falta na fase final do trabalho de parto.
Dessa vez esperava que o trabalho de parto fosse mais rápido, como normalmente acontece no segundo parto com quem já teve o primeiro parto normal. Imaginava umas 12 horas no geral, e de 8 a 10 horas de parto ativo.
Apesar de ter planejado fazer tantas coisas, eu já havia expressado meu desejo para a Josi, minha doula, que fazia questão de eu mesma pegar o Kauai, que torcia muito para que o Davi estivesse presente na hora do nascimento, e que todo o resto era frescura, não me importava com mais nada.
As contrações continuavam ritmadas, mas a todo momento eu achava que teria um descanso, então falei para o Fabricio levar o Davi para a escola e ir trabalhar pelo menos até a hora do almoço. Queria “deixar rolar”, não ter tudo sob controle, então deixei de marcar as contrações quando o Fabricio saiu para levar o Davi.
Quando ele voltou achou melhor não ir para o trabalho, fomos marcar novamente a duração e frequência das contrações. Elas estavam na frequência de 5 minutos, mas o tempo de duração diminuiu para menos de um minuto. Apesar de sentir que as contrações eram fortes, por ter diminuído a duração, ainda achava que o trabalho de parto fosse demorar.
Liguei para a Karina, minha parteira, e ela falou que o trabalho de parto provavelmente iria engrenar mesmo no final da tarde. Ela também avisou a Nathalie, sua auxiliar, e pediu para a Josi, minha doula vir primeiro, ver como estava o processo e avisá-las quando pudessem vir. Avisei também a Carla, a fotógrafa.
Assim que desliguei o telefone não tive mais nenhuma contração com intervalo de 5 minutos, já diminuiu para 4 minutos. Enquanto isso o Fabricio forrou o colchão, eu tomei banho e tentei me depilar (o serviço ficou bem mal feito). Eu não consegui ficar muito tempo no banho. Apesar da água quente ajudar a aliviar a dor, eu estava sentindo um pouco de falta de ar, e tinha medo da pressão abaixar. Saí do banho e o Fabricio me ajudou a secar o cabelo, mas desligava o secador em cada contração para massagear a minha lombar que doía muito durante as contrações. Só isso... Não consegui fazer mais NADA! Nem tomei café (não conseguia comer), e até esqueci de escovar os dentes.
Se você faz questão de fazer as unhas e estar maquiada, com o cabelo escovado, sugiro que agende a sua cesárea eletiva, caso contrário você pode correr o risco do seu parto ser uma “tragédia”. Eu fazia questão apenas do mais importante, até queria mostrar que o trabalho de parto não é como nas novelas, mas na real só fazia questão que meu parto fosse do jeitinho que foi. Assim:
Foto: Fabricio Sena
Eu ficava totalmente sem reação no intervalo das contrações. Meu corpo pedia que eu ficasse apenas quieta, me recuperando antes que a próxima contração viesse. E assim fiz, ouvi e atendi o que meu corpo me exigia.

Durante a contração eu me concentrava na respiração, respirava fundo e soltava o ar devagar.

A Josi chegou e o Fabricio “rendeu seu posto” e foi organizar a sala, montar e encher a piscina. Eu estava sentada na minha cama, que é daquele modelo oriental, baixinha, e sentada fico quase de cócoras. A Josi (que está terminando o curso de obstetrícia) pode verificar os batimentos cardíacos do Kauai, e também aferiu a minha pressão. Nós dois estávamos bem. Então ela colocou a mão sobre a minha barriga para sentir as próximas contrações. Estavam com intervalo de 3 minutos e meio. Na terceira contração ela percebeu que eu estava fazendo força e perguntou se eu já estava sentindo os puxos. Respondi que era a primeira vez que sentia, e juntamente com esse primeiro puxo, fiz força e a bolsa rompeu, senti o líquido amniótico escorrendo, olhei e estava clarinho.  A Josi se levantou meio desesperada e ligou para a Karina para avisar que todas já poderiam vir, pois percebeu que o trabalho de parto já estava bem avançado. Mesmo assim eu pensava que ainda poderia demorar...

Durante a contração eu me concentrava na respiração, respirava fundo e soltava o ar vocalizando.

Por volta das 11h20 o Fabricio deixou a piscina enchendo e foi buscar o Davi na escola, mesmo ainda não sendo a hora de buscá-lo.
A cada contração sentia o puxo, fazia força, e sentia mais líquido escorrendo.
No intervalo de uma contração me levantei para tirar a calcinha e fui direto para a piscina, que ainda não estava cheia, mas sentia que se eu voltasse para a minha cama não conseguiria me levantar novamente.
Ao entrar na piscina resolvi me tocar para ver se já dava para sentir a cabeça do Kauai. Não entrou nem a ponta do meu dedo e senti algo duro. Me assustei. Ainda quis tirar a “prova real” e fiz uma “pinça” com as pontas dos dedos para ver se poderia sentir os cabelos. E realmente, "aquilo" duro que estava saindo de mim tinha cabelo! E somente nesse momento que verdadeiramente me conscientizei que o trabalho de parto não se estenderia até à tarde, que o Kauai estava prestes a nascer.
Eu realmente não estava preparada psicologicamente para uma fase ativa de trabalho de parto tão rápida. Estava feliz que não sentiria contrações até à tarde, feliz que em pouquíssimos minutos teria o Kauai em meus braços, mas ao mesmo tempo também estava assustada.
A Karina chegou, e veio imediatamente ver como estavam os batimentos cardíacos do Kauai. Ele estava bem, e ao ver que ele já estava nascendo, percebeu que eu estava um pouco ansiosa porque o Fabricio ainda não havia chegado com o Davi.
Foto: Fabricio Sena
A Carla também ainda não tinha conseguido chegar, então a Karina perguntou da minha câmera, e eu respondi que estava toda desmontada (guardada sem nenhuma lente).
As contrações vinham e eu já começava a sentir uma ardência... O Kauai estava quase coroando... E, cadê o pai dessa criança que não chega?!!!

Durante a contração eu tentava me concentrar na respiração, respirava fundo e soltava o ar urrando como uma fera!
Foto: Fabricio Sena
Então, finalmente a porta se abriu. Era o Fabricio trazendo o Davi em seu colo. Só falei: “Amor, tá nascendo! Pega a câmera!”.
O Davi veio para perto da piscina, e no começo estranhou meus gritos, mas eu já havia preparado o caminho, falado tudo sobre o parto, mostrado vídeos e também as fotos do seu nascimento. Já havia falado que sentiria dor e que provavelmente gritaria, mas que logo passaria e que estaria bem. E no intervalo das contrações eu conversava com ele e falava que estava tudo bem.
Foto: Fabricio Sena
Depois que eles chegaram foram apenas seis minutos, só mais quatro contrações, e senti a cabeça do Kauai coroando, saindo, assim como todo o seu corpinho.  Senti com meu corpo, e senti com as minhas mãos, que o ampararam, e o trouxeram para os meus braços. 
Foto: Fabricio Sena
Às 11h46 o Kauai nasceu, resmungou, depois fechou os olhos e ficou quietinho. Com o corpo submerso na água quentinha, percebeu que não tinha mudado muita coisa, apenas o espaço havia aumentado.
Foto: Fabricio Sena
Ficamos ali nos conhecendo por um bom tempo... Éramos mãe e filho, mãe e filhos, pai e filho, irmãos... Família
Foto: Karina F. Trevisan
Ai que cheirinho bom de recém-nascido, cheiro de vernix! Estava com saudade de sentir esse cheiro, melhor que qualquer aromatizante, flores ou velas perfumadas que eu pudesse colocar! Ficamos embriagados de ocitocina, o hormônio do amor.
Saímos dali apenas quando a água da piscina começou a esfriar. Fomos todos para o quarto. O Kauai mamou pela primeira vez, enquanto esperávamos o cordão parar de pulsar.
Foto: Fabricio Sena
A placenta saiu inteira, analisaram o meu períneo, e tive que levar alguns pontos.
Nesse momento a Nathalie e a Carla já haviam chegado. O cordão parou de pulsar, o Fabricio com o Davi o cortaram. Então o Kauai foi pesado: 3,600kg. Um bebezão!

(Meu filho, fiz tudo o que podia para te dar um nascimento digno e respeitoso. Você escolheu a hora exata de nascer. Não te arrancaram de dentro do meu ventre, não te pegaram de qualquer jeito, não te jogaram de um lado para outro sem nenhum cuidado, não te esfregaram com um pano para limpá-lo, não cortaram o cordão antes que parasse de pulsar e você teve tempo para aprender a respirar, não te deram vitamina K injetável, não pingaram nenhum colírio em seus olhinhos, não te aspiraram, não te mediram, só te pesaram depois de ter mamado, não te afastaram de mim, não te deram nenhuma fórmula ou água glicosada, não te deixaram num berçário "para observação", pois eu mesma não desgrudei os olhos de você o resto do dia. Missão cumprida!)


 Foto: Carla Raiter
Eu pretendia simplesmente descartar a placenta (acho esse negócio de comer, fazer suco, uma "pegada" meio canibal), mas as meninas pediram um pote de sorvete para colocá-la e eu não tinha. Então minha mãe pegou uma lata de biscoitos em formato de coração, e a placenta ficou tão linda na lata, tão simbólica, parece que deu um significado maior. Me apeguei e pedi para que não fosse descartada.
Foto: Carla Raiter
Enfim consegui me alimentar e depois fui tomar um banho. Estava bem, um pouco cansada, um pouco fraca, mas não tive nenhuma tontura.
Enquanto me banhava o Davi e Fabricio pegaram o Kauai pela primeira vez.
 Foto: Carla Raiter
 Foto: Carla Raiter
Toda equipe foi embora e o dia continuou normalmente para todos, menos para nós: um bebê, um pai, uma mãe e um irmão mais velho recém-nascidos.
 Foto: Carla Raiter

Passei o resto do dia extasiada, dando muito carinho, mamá e colo para o Kauai, e ouvindo a playlist que não consegui ouvir durante o trabalho de parto. E à noite adormeci, extremamente feliz, entre meus dois meninos.




 Foto: Carla Raiter
Às pessoas que estiveram presente nesse momento tão especial: a Josi, minha doula querida, a Nathalie e a Karina (parteiras) que me aceitaram quando resolvi mudar de equipe já com 36 semanas de gestação, Carla, fotógrafa "ninja" (que ficou triste por perder o melhor da festa), minha mãe que veio para me ajudar (não sei o que seria de mim sem ela), e também o Dr. Alberto, que me proporcionou um pré-natal digno... Muito obrigada!

Veja o álbum de fotos AQUI.

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