28 de maio - Dia Nacional pela Redução da Mortalidade Materna

terça-feira, 28 de maio de 2013

Mortalidade Materna é a morte de mulheres ocorrida durante a gravidez, o aborto, o parto ou até 42 dias após do parto, atribuídas a causas relacionadas ou agravadas pela gravidez, pelo aborto, pelo parto ou pelo puerpério, ou por medidas tomadas em relação a elas.

Medimos a taxa de mortalidade materna através da quantidade de mortes a cada 100 mil nascidos vivos, e o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio para o Brasil é que até 2015 essa taxa esteja igual ou inferior a 35 óbitos a cada grupo de 100 mil, sendo que 16/100mil é o índice aceitável internacionalmente.

Em 1990 essa taxa era de 141 óbitos, e em 2010 chegamos a 68 óbitos.
Em 2011 a taxa foi de 64/100mil e 2012 abaixou para 60/100mil.

O Brasil melhorou muito, mas se continuarmos nesse ritmo não conseguiremos cumprir nosso objetivo de 35 óbitos a cada 100 mil até 2015.

Pela melhora temos a tendência de nos darmos por satisfeitos, de acharmos que 60/100mil está bom, afinal "60" é um número consideravelmente baixo, porém temos que pensar que esse "60" em 2012 no Brasil, representa a morte de 62.261 mulheres!

Mulheres que são representadas por estatísticas, mas que têm um rosto, uma família, uma história, que morreram, estima-se que 90% delas, pelo descaso, omissão, intervenções ou tratamentos incorretos, pela negligência e falta de atendimento adequado, e por isso a Mortalidade Materna está entre as dez principais causas de mortes de mulheres na idade entre 10 e 49 anos.

A iniciativa de termos um dia em prol da Redução da Mortalidade Materna tem como objetivo destacar que todas as mulheres têm direito à gravidez desejadas e que todas as mulheres gestantes têm direito à atenção de alta qualidade, humanizadas e não discriminatória, no pré-natal, durante o parto e no pós-parto.

Durante o dia serão compartilhados, por meio da página do Fundo de População no Twitter (@unfpabrasil), com a hashtag #mortematernaNÃO, mensagens com informações sobre os índices de mortalidade materna no país, como garantir o acesso aos cuidados pre-natais de qualidade, à atenção obstétrica adequada, como evitar essas mortes e denunciar casos de violação do direito humano à maternidade segura.

A agência da ONU destaca a importância desta mobilização para ampliar o acesso à informação sobre direitos e cuidados com a saúde das mulheres grávidas para toda a sociedade, defendendo o atendimento de qualidade nos serviços de saúde, com respeito e igualdade.

Assim como eu, participe também dessa mobilização! Use a hastag #mortematernaNÃO, ou retuíte as mensagens com informações da @unfpabrasil.


Fontes: 1 + 2 + 3 + 4 + 5

De medrosa à corajosa

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Eu tinha 17 anos quando houve um evento na cidade promovido por diversas organizações. Eu fazia parte do grupo de teatro e iríamos nos apresentar, também fazia aula de musicalização e iríamos cantar. E uma das organizações estava fazendo teste de tipagem sanguínea. Entrei na fila.
Ví quando fizeram o exame na pessoa que estava à minha frente. Passaram álcool em seu dedo, apertaram para prender a circulação nas pontas, e deram uma espetada com a agulha. O sangue esguichou, colocaram na plaquetinha de vidro e pingaram o reagente para saber o tipo sanguíneo.
Pronto. Era a minha vez, mas dessa vez nem olhei. 
_ A+.
Disse a menina que realizou o teste.

Apenas um minuto depois estava conversando com meu professor de teatro...
_ Nossa! Que calor, né?!
Ele me olhou. E embora tivesse concordado, fez uma cara estranha, como se não estivesse com aquele calor todo que eu estava sentindo.
Num segundo eu já tinha me dado conta que não estava bem e pensei em procurar um lugar para sentar. Nem me despedi do meu professor, dei um passo, fiquei tonta e caí de cara no chão.
Fui acordando aos poucos, e antes mesmo de abrir os olhos já sentia os dentes quebrados dentro da minha boca.
Estava "zen" e todos desesperados em volta de mim. Me levaram para o hospital, pois tive que tomar uns pontos no queixo, mas estava tudo bem. Tomar anestesia e levar uns pontos no queixo não era problema. O problema não era agulha, o problema não era sangue, o problema era veia, era tirar sangue com a agulha. 

Havia se passado uns 10 anos de quando tivera o meu primeiro desmaio.
Eu era criança e minha mãe me levou para fazer um exame de sangue.
Lembro que na hora do exame ela pegou minha jaquetinha de flanela branca estampada de florzinhas vermelhas, colocou-a sobre os meus olhos, e disse para não olhar.
Mas por que eu não podia olhar?! O que estavam fazendo comigo?!
Senti a picada e naquele momento tive uma visão da seringa cheia de sangue.
Ao chegar em casa fui tomar café da manhã, pois estava em jejum. Estava em pé na frente da mesa quando me senti mal, minha mãe correu e conseguiu me pegar antes que eu batesse com a cabeça no fogão.

Desde então o medo se instalou, mas eu achava que era medo de exame de sangue, jamais pensei que fosse desmaiar por ver alguém levando uma picada no dedo.

Vim para São Paulo, e morava com a família do meu irmão. Num belo dia, minha cunhada, que tinha acabado de voltar de um exame de sangue, começa a comentar revoltada que tinha escorrido sangue da agulha na hora do exame e que a enfermeira tinha limpado o chão e o braço dela com o mesmo algodão. Pronto. Desmaiei só de ouvir a descrição dos fatos, não pela porquice da enfermeira, mas pelo sangue escorrido da agulha.

Assim como das outras vezes, as pessoas começaram a me chamar de "mole". E comecei a ouvir comentários do tipo: "Se você desmaia por isso, então como é que você vai ter filho?"
O problema estava se tornando mais sério, mais angustiante. Eu não precisava fazer um exame, ver dedo jorrando sangue para passar mal, apenas ouvir histórias assim já eram o suficiente.

Então aconteceu o episódio de desmaio mais humilhante de todos. Eu estava no trabalho, na sala dos professores da escola e uma professora substituta estava lá, pois tinha vindo para cobrir uma vaga. Ela tinha acabado de ter filho, e teve um parto complicadíssimo. Eu nem lembro os detalhes, não sei se foi caso de não achar veia, ou de não pegar a anestesia, mas foi um negócio horroroso!!! E eu desmaiei só dela contar. E foi muito humilhante pois além de desmaiar ainda fiz xixi nas calças. Pensa!

E novamente fui questionada: "Como é que você vai ter filhos desse jeito?".
E eu não entendia porque me faziam essa pergunta! O que uma coisa tinha a ver com a outra?! Eu não tinha medo do parto. Nunca tive!

Casei. Meu marido sabia desse meu "problema", mas nunca tinha presenciado nenhum episódio.
Noite da pizza na casa da sogra, todo mundo feliz, contente... Minha sogra estava fazendo um tratamento pra uma anemia profunda, onde tinha que ir ao hospital para tomar ferro na veia. Comecei a falar que não estava gostando do assunto, que estava passando mal, mas ninguém deu muito crédito que realmente estava passando mal por causa disso. Então ela falou que da próxima vez que ela fosse ao hospital, se o ferro não estivesse funcionando, o médico falou que ela teria que fazer TRANSFUSÃO. Essa palavra foi a gota d'água! Desmaiei. E só perceberam mesmo porque meu braço bateu num copo, que tombou e derramou o refrigerante. Todo mundo ficou atônito, meu marido ficou desesperado, me deitou no sofá, e quando acordei ainda tive que acabar de comer um pedaço de pizza que tinha na boca. kkkk
E esse desmaio acabou comigo, fiquei muito enfraquecida, com o corpo mole mesmo. Cheguei a desmaiar outra vez quando estávamos chegando em casa.

E... "É muito mole! Como é que você vai ter filhos desse jeito?".

Uma vez minha cunhada sofreu um aborto e corremos com ela para o hospital. Depois do ultrassom que confirmou o aborto ela ficou internada. Entrei no quarto para visitá-la e ela estava no soro. Olhei. Um pouco de sangue havia subido pelo caninho. Pensei: "Isso não vai prestar". O celular dela tocou e ela começou a conversar com a sua mãe. Aproveitei a "deixa" e saí do quarto. Voltei para a recepção onde estava meu marido e meu cunhado, e desmaiei outra vez!

À partir daí fui ficando como a "Chapeuzinho Amarelo", do livro do Chico Buarque. Eu tinha medo, do medo, do medo, de um dia ouvir alguém comentar algo que me fizesse desmaiar.

A situação ficou muito séria! Angustiante! Eu tinha que sair de perto e deixar as pessoas falando sozinhas, se fosse necessário, pois avisar que estava passando mal não era o suficiente.
Uma vez uma colega de trabalho chegou com aquele band-aid redondinho no lugar da picada do exame, e minhas mãos já começaram a suar, eu contei os minutos, os segundos, de poder ir embora naquele dia. Que desespero!
Pensei em fazer terapia, pois já estava com medo de passar mal só de pensar, de lembrar das outras vezes que havia desmaiado.

E foram 20 anos sem fazer um exame de sangue, até que passei num concurso público e no exame admissional pedia o exame. 
Apesar de saber que não havia nada de errado comigo, fisicamente, me preocupei com a alimentação na noite anterior, para que minha pressão não caisse, e ainda passei a noite com dor de barriga, de tanto medo do exame que faria na manhã seguinte.

Enfrentar o meu medo foi a melhor coisa que eu poderia ter feito. O exame foi tudo bem, minha pressão não caiu. Fiquei tão orgulhosa de mim!

Um mês depois eu estava grávida e fiz exame de sangue durante a gravidez umas três vezes. Em todas as vezes fiquei com medo e meu marido teve que me acompanhar, pois não queria passar mal perto de desconhecidos.

E aos poucos foi sumindo aquele medo do medo do medo, foi ficando só o medo do medo, e depois sobrou só um pouquinho daquele medo, que ainda não foi embora! rsrs

Mas eu ainda precisava responder às pessoas que me perguntaram: "Como é que você vai ter filho?". Primeiro respondi para mim mesma, descobri que eu não precisava ficar no soro, que não precisava ser cortada em cima e nem embaixo.

Como o medo maior era das intervenções e não do trabalho de parto, tive um parto natural, sem nenhuma intervenção e domiciliar. Resolvido e respondido a quem queira saber! Simples assim.

Aí, de repente, todos que me achavam medrosa, e outras pessoas que nem conheciam a minha história, e que ficam sabendo que tive um parto domiciliar, agora me nomeiam com outro adjetivo: CORAJOSA!

=)

Amor à Vida: Pressão alta não é indicação de cesárea!

terça-feira, 21 de maio de 2013


Eu não tinha assistido ao primeiro capítulo da novela "Amor à Vida", quando a timeline do meu Facebook foi inundada com opiniões revoltadas de quem viu o personagem com hipertensão tendo um parto normal. Hoje procurei a novela no Youtube e assisti o capítulo inteiro antes de me manifestar.

Impressionante como o parto normal sempre acaba sendo o vilão dessas cenas que vemos em filmes e novelas. Se fosse uma cesárea, e o personagem tivesse sobrevivido, o médico se tornaria um super herói e a cesárea a salvadora, e se mesmo assim o personagem tivesse falecido, não teria outro jeito, e a equipe médica teria feito de tudo que estava ao alcance para salvá-la, e nesse caso, a via de parto escolhida também não seria culpada.
Ao contrário, quando a morte é o fim depois de um parto normal, a culpa é a via de parto. (ponto) Nada mais é discutido!

O que tem acontecido no Brasil é que qualquer "unha encravada" tem se tornado motivo para cesárea, e a novela mostra uma gestante chegando na maternidade em trabalho de parto com pressão alta, e morre durante o parto.

O mais correto, de acordo com a realidade obstétrica do Brasil, seria a novela retratar a parturiente ser encaminhada para a cesárea e falecer. Seria mais realista, pois atualmente, dificilmente uma mulher consegue ser submetida à um parto normal, mesmo sem complicações. Normalmente, se não há complicações, o médico inventa um motivo para que ELE não tenha o "trabalho" e a disponibilidade de acompanhar um parto normal. No caso de gestação de risco, jamais!

Bom, mas se o caso não é a cena mal feita da novela e sim, como é o procedimento correto em caso de pressão alta, vamos lá!

No Manual Técnico para Gestação de Alto Risco, do Ministério da Saúde, diz:
"O parto vaginal é preferível à cesariana para mulheres com pré-eclâmpsia/eclâmpsia, desse modo evitando o estresse adicional de uma cirurgia em uma situação de alterações fisiológicas múltiplas. Medidas paliativas por várias horas não aumentam o risco materno se realizadas de forma apropriada. A indução do parto deve ser realizada de forma intensiva assim que a decisão para a interrupção for tomada. Em gestações longe do termo nas quais o parto é indicado e com condições maternas estáveis o suficiente para permitir que a gravidez possa ser prolongada por 48 horas, os corticoides devem ser administrados para acelerar a maturidade pulmonar fetal. A abordagem intensiva para a indução inclui um ponto final claro para o parto, de cerca de 24 horas após o início do processo. Em gestações ≥34 semanas com colo imaturo, recomenda-se realizar amadurecimento cervical sob monitoração intensiva. Se o parto vaginal não puder ser efetuado dentro de um período razoável de tempo, deve-se realizar a cesariana." (pág. 37 e 38).


Ou seja, se for caso de pressão alta não se espera chegar em trabalho de parto, a gravidez é sim interrompida, mas sob um planejamento, com corticoides para acelerar a maturação do pulmão do bebê, e 48 horas depois a indução do parto realizada de forma intensiva, porém com um prazo limite de até 24 horas após o início do processo, antes de realizar a cesariana, se necessária.

Agora vamos falar a verdade?! O médico já terá que interromper a gestação de qualquer forma (já é poupado de inventar uma desculpa), será que ele está preocupado em "evitar o estresse adicional de uma cirurgia em uma situação de alterações fisiológicas múltiplas", ou mais preocupado em evitar o seu próprio estresse ao acompanhar uma gestante em caso de indução de um parto de risco, que pode durar até 24 horas, deixar de cumprir sua agenda do consultório, e ainda não ganhar mais por causa disso?

E antes que alguém venha aqui dizer que passou por essa situação, foi submetida à uma cesárea salvadora, e está aí, "vivinha da Silva", quero dizer que tal pessoa foi muito sortuda e abençoada, pois de acordo com as estatísticas, correu sério risco de vida!

Sabe por que?

Porque mulheres submetidas a cesárea tiveram 3,5 vezes mais probabilidade de morrer (entre 1992-2010), sendo que hipertensão foi a maior causa dessas mortes (1990-2010).



Viram?!

Bom, e para completar, a novela mostrou dois partos normais no mesmo capítulo, sendo que no outro a gestante quase morre também. Parece encomenda "pracabá" de vez com a vontade das mulheres de terem parto normal. Absurdo!!!

Em termos de marketing/publicidade acertaram em cheio, a novela causou o maior bafafá!
Né não?!


Beijocas!

Estou no Instagram

domingo, 12 de maio de 2013
Olá!

Agora estou no Instagram!


Sigam-me!





Dia das Mães

sábado, 11 de maio de 2013

Minha homenagem para você!

Suas amigas mamães também vão gostar...






Gincana 2013: Resultado Final

sexta-feira, 10 de maio de 2013


1º lugar:  
Ivana


Ganhou: Brincos da LILOAHOpen Boot da Maria LuzVestido da TriagemLingerie da DuvellyCinto Artillee

2º lugar:  

Kelly

Ganhou: Sapato Soul FlexJaqueta Indie DenimBijuterias Millani

3º lugar: 
Fernanda

Ganhou: Lingerie DarlingSapatilha MiuchaBrinco Beatriz Guedes

4º lugar:
Margareth


Ganhou: Sapatilha Tutu Atelier de SapatilhasCamisola Daniela Tombini

5º lugar:
Vanessa


Ganhou: Kit Victoria's Secret da DaslêLingerie Pouca Roupa

6º lugar:
Sara

Ganhou: Pijama Lua EncantadaDepilare da Buona Vita

7º lugar: 
Angela

Ganhou: Kit AMO YenzahLenço Anaeli Acessórios

8º lugar:
Graça

Ganhou: Lingerie De RanyT-shirt Morena Mix

9º lugar:
Aliny

Ganhou: Bolsa Rota da SedaLivro "Crianças francesas não fazem manha" da Editora Objetiva

10º lugar:
Anamaria

Ganhou: Maxi Colar da Olha que Linda! BijouxSais de Banho da Madame Dondoca

Parabéns a todas as ganhadoras, muito obrigada a todas que participaram, e muitíssimo obrigada a todos os parceiros que aceitaram participar da nossa brincadeira! Mais uma vez, a nossa gincana foi um sucesso!!!






























Tarefa Extra: Desempate


Essa tarefa será disputada entre a Margareth e a Vanessa Fernandes que concorrem para decidir o 4º e 5º lugar, e pela Anamaria e Mayara que disputam quem ficará com o 10º lugar.


Margareth e Vanessa

Comentem nos comentários dessa postagem, conforme sua escolha:

"Adorei participar da 3ª Gincana do Blog Mamãe Moderna, e quero ficar em 4º lugar."

ou 

"Adorei participar da 3ª Gincana do Blog Mamãe Moderna, e quero ficar em 5º lugar."

Quem comentar primeiro fica com a posição que escolheu.



Anamaria e Mayara

"Adorei participar da 3ª Gincana do Blog Mamãe Moderna, e quero ganhar os prêmios do 10º lugar."

Quem comentar primeiro fica com o prêmio.

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