Mamãe Moderna: Adaptação

O assunto é: Adaptação!

Ok. Já sei que você pode estar pensando algo do tipo:

_ Falar de adaptação em junho?

E eu lhe respondo:

_ Fazer o que, né?! É o jeito!

No mês de fevereiro, logo que o Davi começou a frequentar a escola, publiquei um POST falando sobre adaptação.

Falei como tudo estava às mil maravilhas, que no primeiro dia ele nem me deu "tchau" e entrou na sala e blá, blá, blá.

E esse "conto de fadas" lindo não teve um final feliz, pois aquela felicidade de entrar na escola durou apenas uns 15 dias, e depois disso começou a chorar todos os dias, segurar em minhas pernas, agarrar o meu pescoço. A professora tem que pegar o Davi do meu colo na porta da escola, e levá-lo para a sala de aula.

Bom, quando já estava novamente mais acostumado, sem chorar, pegou uma pneumonia atípica e em seguida catapora, ficando quase um mês inteiro afastado da escola. Quando voltou, começou tudo novamente, choro, se segurar em mim, etc.

Quando já estava quase parando de chorar para entrar na escola, um dia eu me atrasei para ir buscá-lo. Pronto. Voltou a choradeira.

Quando falamos que tem aula, que ele vai para a escola ele fica feliz, almoça, se arruma, e vai super bem o caminho todo para a escola, mas quando tem que me deixar o escândalo começa. Diz que fica com saudade... Nessa hora o coração de mãe fica até feliz, afinal seria pior se não quisesse sair da escola e não tivesse nenhuma saudade da mãe, mas vamos combinar que assim também não dá!

Nesse tempo todo já testei algumas estratégias, desde dar a maior atenção, fazer carinho, beijar, conversar e explicar, como colocar ele no colo da professora e sair andando sem nem olhar para trás.

Sem sucesso em nenhuma dessas "estratégias", resolvi partir pra barganha! Fizemos um combinado...

_ Filho, se você entrar na escola hoje, sem chorar, sem agarrar a minha perna, sem segurar no meu pescoço, andando sozinho, sem a professora precisar te levar, na volta, vamos brincar no "parque que não tem areia" (como ele chama o playground do condomínio). Tudo bem?!

Ele aceitou, mas na hora enrolou um pouco, agarrou na minha perna e a professora veio buscá-lo. Entrou resmungando com um bico de todo tamanho.

Na volta ele pediu, mas não teve parque. Expliquei tudo de novo e falei que no dia seguinte a gente ia tentar novamente.

Então, hoje ele ganhou uma nova oportunidade! Chegamos na frente da escola, ele enrolou um pouco, queria se segurar. Eu avisei a professora que o Davi tinha falado que entraria sozinho. Enfim, ele se convenceu. Me deu um beijo e saiu andando bem contente, sem chorar, sozinho para a sala de aula. Uffa!

E quando voltamos, fui cumprir a minha parte do combinado e fomos para o "parque que não tem areia", e ele adorou, é claro!