Carreira e Maternidade: Blogagem Coletiva proposta pelo Mamatraca

domingo, 10 de março de 2013

Trabalhei por 7 anos em secretaria de escola pública em São Paulo. Adorava fazer o que fazia, mas não era concursada, e "Auxiliar de Secretaria" era um cargo em extinção na Prefeitura. Eu jamais seria despedida, mas nunca tive, ou nunca teria prioridade de escolha ao local de trabalho e nem um plano de carreira, promoções, etc. Apesar de gostar do que fazia, isso era muito desmotivador.
Por conhecer o ambiente escolar (ou mesmo conhecendo), escolhi cursar Pedagogia, e prestei um concurso em São Caetano do Sul para ser auxiliar em Educação Infantil. Foram mais de 6 mil candidatos para 50 vagas e eu passei, mas prestei um concurso para ganhar menos do que ganhava, simplesmente pelo fato de sair da secretaria e ter contato bem maior com as crianças dentro da sala de aula.
Adorei a experiência de trabalhar no berçário e depois no G2 (crianças de 2 anos), e também fiz estágio da faculdade, no G4 (crianças de 4 anos). 
Então, engravidei...
Eu já sabia que não teria coragem de deixar meu filho de 6 meses em lugar nenhum, nem com babá, nem em creche, e nem com familiar. Não abria mão de amamantar única e exclusivamente até os seis meses, de fazer uma transição gradual e lenta para a alimentação de sólidos, e isso seria impossível se eu voltasse a trabalhar.
Durante a minha Licença Maternidade, meu marido trocou de emprego, e como eu ganhava tão pouco, o aumento de salário já cobria o que eu ganhava. Pronto! Estava decidido! Depois ele trocou novamente de emprego e o salário também aumentou, deu para dar uma aliviada, além de sempre contarmos com algum pagamento extra de seus trabalhos freelas de designer.
Depender financeiramente somente do marido nunca esteve nos meus planos, mas me considero uma pessoa muitíssimo privilegiada por poder acompanhar meu filho 24 horas por dia, nos primeiros anos de sua vida. A opção de deixar o emprego não foi "excesso de dinheiro", nunca tive babá, nem empregada doméstica, ou diarista, e conciliar a carreira de Dona de Casa com a maternidade já é uma baita dificuldade, mas não me arrependo, o sacrifício valeu a pena. Entendo, respeito, e sinto muito por quem não tem a mesma oportunidade, ou quem pensa diferente.
Com a maternidade veio o blog, que não é meu trabalho, pois apesar de escrever publieditoriais, fazer anúncios, nunca tratei com essa responsabilidade, com esse compromisso de escrever todos os dias, de aumentar o acesso, etc. E também virei uma "promonauta" nas horas vagas. É claro que isso também não é emprego, mas me senti muito bem de poder proporcionar a minha família coisas que eu não tive nem quando trabalhava, por exemplo: viagem para Maceió com tudo pago, e viagem para o Beach Park, em Fortaleza, além de produtos, roupas, acessórios, sapatos... Não é um negócio, não é dinheiro, não paga as contas, mas para quem não tem salário, faz um bem danado se sentir útil, poder presentear, e ganhar alguma coisa.
Nesses 3 anos pensei 1 milhão de vezes em possibilidades de negócios para que eu pudesse trabalhar em casa, mas ou a idéia não era tão boa, ou precisaria de um capital para investimento, que nunca tive.
Então, agora minha vida está em transição... Como comentei AQUI esses dias, tive como investir em algo que eu já queria fazer há tempos! Estou estudando Fotografia e começando minha carreira como fotógrafa. Estou adorando o trabalho e o resultado dele. Estou feliz que minhas imagens têm causado emoção. Conto com a ajuda do meu marido, que hoje trabalha em home office e pode cuidar do Davi, caso tenha algo para fotografar em horários que o Davi estiver em casa.
E assim vou conciliando minha nova carreira de fotógrafa, a difícil carreira de dona de casa, a prazerosa carreira de blogueira, a carreira de promonauta nas horas vagas, com a eterna e mais satisfatória carreira de mãe.

E vejam o resultado do meu novo trabalho:
(desculpe quem já viu algumas dessas fotos no outro post)










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Beijocas!


4 comentários:

  1. Tbm deixei o emprego para me dedicar ao meu bebê, porém tive o privilégio de aprender o que sei hoje, sou costureira e essa profissão me possibilita muitas coisas, hoje trabalho em casa para a mesma empresa, eles trazem as roupas para eu fazer em casa mesmo, depois de prontas ainda buscam também, ganho por peça e graças a Deus consigo ganhar bem mais do que ganhava trabalhando fichada, e ainda cuido do meu filho, da casa e do marido. Parabéns pelo seu trabalho, é uma excelente fotógrafa! Bjo.
    http://mulherzicesefeminices.blogspot.com.br/

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  2. Oi Line, também nunca tive essa coragem de deixar meus filhos pequenos em escolas, creches, babá.... Sempre me virando sozinha rss.. Adorei as fotos! Bjos

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  3. Sabrina,
    Realmente, os filhos acabam nos abrindo novas possibilidades, e conseguimos fazer coisas que jamais imaginávamos. Cuidar da casa, do marido, do filho, ter uma renda própria e aposto como ainda economiza uns trocados costurando para o filho e a familia! Batalhadora!
    Fico feliz que tenha gostado das minhas fotos! =)
    Bjs.

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  4. Mães Brasileiras (todas elas.rsrsrs)
    Esses primeiros anos dos nossos filhos voam, temos que aproveitar! E temos o resto de nossas vidas para nos recuperarmos no mercado de trabalho, não é mesmo?
    Bjocas!

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