Despertar da feminilidade

terça-feira, 9 de abril de 2013
No dia 31 de dezembro de 2009 eu morri.

Calma! Não se assustem, vou explicar.

É bem verdade que ser mãe traz muitas mudanças em nossa vida, desde a descoberta da gravidez já começamos a nos preocupar mais com a nossa alimentação, depois o corpo vai mudando, nossa casa precisa se adaptar para receber mais um morador... Mas, apesar de uma longa espera, de cerca de 40 semanas, a mudança de verdade acontece de uma hora pra outra.

Naquele exato momento em que o coração de seu filho bate fora do seu corpo, aquela hora, nasce um filho, e nasce uma mãe. Nasce uma nova pessoa, completamente diferente da que era antes daquele momento. Que pessoa? Ela deixa de existir... Morre!

A vida não é só diferente, agora a vida é outra, que não tem absolutamente nada a ver com a anterior.
No meu caso, às 7h35, nasceu uma MÃE, e aos poucos ainda foi nascendo uma MULHER, que antes também não existia.

Antes de ser mãe eu era muito moleca, não tinha costume de me arrumar, ia para qualquer lugar com uma calça jeans larga, uma blusinha e havaianas, sem passar nem um batonzinho nos lábios. Salto? Vestido? Maquiagem? Só em casamento!
Durante 5 anos meu corte de cabelo era joãozinho, e quando o Davi nasceu ainda quis fazer algo que sempre tive vontade, e raspei a cabeça. Eu AMO de paixão cabelo curto, não acho de jeito nenhum que tira a feminilidade, mas é muito prático, e essa praticidade tira toda a necessidade de ter maiores cuidados com o cabelo.
Outro fato importante, é que eu sou uma mulher agraciada por Deus, pela quase falta de pelos nas pernas, e nem preciso de depilação.
Gente, uma mulher que não precisa cuidar do cabelo, não precisa se depilar, não se veste como uma mulher, não se arruma, não se maquia... é uma mulher?! (abafa).

Muitas vezes temos a visão de uma moça solteira ou recém-casada toda arrumada, e a mãe toda descabelada, azeda, cansada, com as olheiras no meio das bochechas, não é?!
Bom, eu também fiquei nesse estado lastimável que toda mãe fica, mas isso me fez um bem IMENSO!
Por chegar nesse "fundo do poço", me sentir tão péssima, tão cansada, quis lutar contra esse sentimento, afastar uma possível depressão pós parto, e isso fez com que buscasse me cuidar mais.
Comecei a seguir blogs de moda e beleza, e me arrumar, mesmo que fosse para ficar dentro de casa, e hoje não vou ao shopping sem pelo menos dar uma clareada nas olheiras e passar uma máscara de cílios. Passear de chinelo no shopping?! Nunca mais,  nem para ir à padaria. Continuo usando bastante calça jeans, mas hoje estão mais ajustadas ao meu número (36), e agora salto alto é vida!

Como falei, estava carequinha logo que o Davi nasceu, e adorei! Mas, o Davi mamava pra caramba, logo voltei ao peso de antes da gravidez, e quando ele estava com uns 8 meses eu peguei uma gripe forte, meu peso normal de 49/50 kg, foi para 46/47 e com o cabelo raspado, parecia doente. Ao invés de me acharem exótica, já faziam cara de dó quando me viam! Resolvi deixar o cabelo crescer um pouco (só um pouquinho)! Então, agora também preciso cuidar da juba!

Nessa postagem AQUI publiquei algumas atitudes que tomei para melhorar a minha autoestima e fugir da depressão pós-parto, e posso dizer que a mudança foi tão grande, que algumas pessoas que fiquei um tempo sem ver, quase não me reconheceram quando as vi.

E o marido, que nunca reclamou da minha displicência, agora reclama que demoro demais para me arrumar! É mole?!

E só tenho a agradecer ao meu filho, que me ensina todos os dias a ser mãe, e é responsável por esse despertar da feminilidade em mim.
Antes, eu não estava preparada para ter uma menininha, mas agora pode vir que eu dou conta. Fácil!

Sou muito feliz pela minha nova vida de mãe e mulher!

=)

Bjocas!

8 comentários:

  1. Adorei a postagem e você está de parabéns. Eu, assim como você sou uma mãezona e realmente é difícil ser mãe e continuar a cuidar da gente, mas ultimamente ando pensando e melhorando, até porque minhas filhas cobram.....beijos, parabéns!

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  2. também me larguei muito, não comrava nada pra mim, roupas velhas, enfim... mas esse anos decisi investi em mim, vou fazer uma plástica, chaparia completa, vamos ver como vou ficar...kkk, vou operar em maio.

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  3. Que texto lindo, parabéns! E que legal poder nascer.... Um beijo, Andrea e Lara coisas-da-lara.blogspot.com.br

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  4. Bem, aqui aconteceu o contrário, depois das crianças, só chinelo e sapatilha (ou pé descalço mesmo) e tudo bem prático pra ficar bem moloque! Salto alto, pra mim, é o fim (ainda). Fujo dos casamentos e festas como o diabo da cruz! Hehehe! Minha filha que é BEEEEEEEEEEEEEM vaidosa e me cobra um baton, um rimel... daqui a pouco quando ela aprender a fazer a se maquiar (daqui a uns 8 anos), daí ela faz em mim tb. Agora tenho preguiça! Bjão, adorei o post e a foto de cabelo raspado.
    Bjos, gi
    e kids

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  5. Dani,
    Acho que toda mãe já pensou quando engravidou algo do tipo: "Não sei cuidar nem de mim", e quando o filho nasce, isso se torna verdade! Mas temos que nos cuidar para nos sentirmos bem, afinal nossos filhos querem nos ver assim.

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  6. Ságna,

    Boa sorte na sua operação. Depois me fale se gostou do resultado!
    =) Bjos.

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  7. Andrea,

    Muito obrigada pelo carinho de sempre.
    Realmente, é muito bom se transformar, nascer e renascer, sempre buscando melhorar!
    Bjocas pra vc e pra Lara.

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  8. Gi,
    É o que eu imaginava que acontecia com todas as mães.... E que meu destino era relaxar de vez!
    Mas... depois que publiquei esse texto já teve quem falou que aconteceu a mesma coisa.

    Ah! É mto bom ser carequinha!

    Bjocas e obrigada!

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